quarta-feira, 28 de novembro de 2007

INTRODUÇÃO

A criação deste blog tem como o objetivo a realização de um portfólio com todos os trabalhos realizados pelo aluno Marcel Saab Rodrigues Manaia na disciplina anual de Estágio de Vivencia Docente, ministrado pela docente Profª Drª Rosely Sampaio Archela, do Curso de Geografia com habilitação em Licenciatura da Universidade Estadual de Londrina.

AULA SIMULADA

PLANO DE AULA: A PARTILHA DA ÁFRICA


Introdução


Aula planejada a ser ministrada na Sétima série, do Ensino Fundamental abordará o tema da Partilha da África.

Objetivos



Após a aula espera-se que o aluno consiga compreender como ocorreu a Partilha do Continente Africano, entendendo o processo de divisão dos países, relacionando os à dinâmica em sala e vídeo para que possam expor suas primeiras conclusões sobre o estudo do continente Africano.

Desenvolvimento



Os conteúdos a serem abordados serão, a compreensão de Partilha da África, quais foram seus objetivos, seus agentes, seus conflitos e sua principal conseqüência.
Nos primeiros 5 minutos de aula será passado para os alunos um vídeo amador que demonstra imagens para realizarem as primeiras idéias sobre como é a realidade do continente africano.
O conteúdo será ministrado através de uma aula expositiva de aproximadamente 20 minutos, com matéria passada no quadro e utilização de mapa-múndi.
Após o termino da parte expositiva será realizada uma dinâmica com os alunos mudando uns e outros de lugares, pedindo para que façam algo como, levantar a mão esquerda ou olhar apenas para a direita, além da entrega de um papel com um determinado nome, podendo ser Leopoldo, Bismarck, Zulu, Bôer, Picot e Skyes, que representaram respectivamente as potências belgas, alemães, africanas, holandesas, francesas e inglesas que foram os países que realizaram a partilha da África intensamente.
Com a realização desta atividade que durará entorno de 5 minutos será cogitado aos alunos que no momento assumam como seus os nomes que estiverem escritos no papel, para que com isto eles entendam qual foi a conseqüência da partilha para o povo africano, que sofreram com a imposição do poder das potências mudando suas vidas para sempre.
Após a atividade o professor passará no quadro o nome dos seis ícones da Partilha da África que foram citados e cada grupo que foi delimitado para assumir a identidade de cada um, acessará o blog do professor e trarão na próxima aula informações sobre os indivíduos que servirá como atividade extra classe.


Recursos



· Mapa-múndi;
· Dvd de 5 minutos amador;
· Aparelho de DVD;
· Giz
· Lousa
· Folha do aluno
· Papéis os nomes (Leopoldo, Bismarck, Zulu, Bôer, Picot e Skyes)
· Transparências dos mapas pertinentes.

Avaliação



Após o término das atividades o professor recolherá a folha de cada aluno vendo o que cada um compreendeu sobre a partilha, juntando o conhecimento que adquiriram com as imagens do vídeo, a aula teórica e a dinâmica.

Bibliografia



BRUNSCHIWIG, Henri. A partilha da África Negra. Perspectiva: São Paulo, 1993.
MACKENZIE, J. M. A partilha da África 1880-1900. Ática: São Paulo, 1994.
BOLIGIAN,Levo et al. As raízes do subdesenvolvimento africano, Geografia – Espaço e Vivência, São Paulo: Atual, 2001. p. 117 – 119.


ANEXO


Mapa que demonstra as áreas que eram dominadas pelos ingleses e pelos bôeres, pode ser percebido como o domínio bôer encontrava-se cercado pelo poderio inglês.
Fonte:
http://www.sangam.org/2007/03/Boer.php?uid=2257




Este mapa utilizado por livros didáticos expressa tudo o que foi discutido acima como resultado da partilha da África de 1880-1990.
Fonte:
http://www.tamandare.g12.br/Aulafrica/conferencia%20de%20berlim.htm

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

ÍCONES DA PARTILHA DA ÁFRICA






O rei Leopoldo II da Bélgica formou, em 1876, um empreendimento de exploração econômica, com fachada filantrópica, que, longe de civilizar os nativos da região, como era a sua intenção formal, introduziu práticas ainda mais cruéis entre eles. Foi o fundador do Estado Livro do Congo, projeto territorial belga assente na exploração do trabalho africano para a extração de borracha e marfim, que conduziu mais tarde à colônia do Congo Bela, hoje República Democrática do Congo
Obrigado pela opinião pública mundial a desistir do projeto, visto sua impressionante brutalidade, apontado como “inimigo da humanidade” numa carta aberta escrita pelo coronel americano W.Williams, publicada no New York Herald, em 1890, o rei foi constrangido a transferir os seus direitos privados sobre o Congo para o governo do seu próprio país, que ainda o controlou até 1960. O que de fato passou a ocorrer naquele “Estado Livre” entrou para ao anais da barbárie e da crueldade humana. Os enviados de Leopoldo, que viajaram como missionários da civilização, uma vanguarda do progresso, sentiram-se como que soltos em meio aquela natureza exuberante. Para eles foi um retorno ao tempos primitivos da humanidade




O Príncipe Otto Leopold Eduard von Bismarck-Schönhausen foi um dos mais importantes líderes nacionais do séc XIX. Enquanto primeiro-ministro do reino da Prússia unificou a Alemanha, depois de uma série de guerras que levou a cabo com sucesso, tornando-se o primeiro Chanceler do Império Alemão.
Após ter engrandecido suficientemente a Prússia, o "Chanceler de Ferro", nome por que era conhecido Bismarck, trabalhou para a paz. Destaca-se, neste aspecto, a assinatura de uma série de alianças com o objectivo de proteger a Alemanha de possíveis agressões. No Conferência de Berlin (1878), Bismarck mediou um acordo nos Balcãs onde vários grupos eslavos procuravam retirar vantagens do decadente Império Otomano.
Em larga medida para satisfazer as aspirações da classe comercial germânica, autorizou a compra, por parte da Alemanha, de colónias em África e no Pacífico. Por esta altura, a economia alemã estava em plena expansão e voltava o seu olhar para o mundo. No entanto, a Alemanha chegou tarde ao grupo das potências coloniais e, por isso, também tarde apresentou as suas pretensões. Por distribuir só restavam desertos, territórios impenetráveis cobertos de grandes florestas virgens com poucos recursos naturais e ilhas demasiado distantes e pequenas.



No princípio do século XIX, o povo Zulu tinha conseguido criar um notável Estado africano, que adquiriu imensa fama entre todos os povos do continente e foi seguramente o que mais marcou para a influência poderosa na repartição da África meridional.
Os Zulus entram em diversos conflitos em Moçambique, Tanzânia, Zimbabue e países ao seu entorno, para assegurar a proteção de seus territórios apresentando uma expressiva capacidade de ataque e autodefesa, baseada na organização militar, que veio a vencer os ingleses na uma famosa batalha de 1879, onde 20 mil zulus assassinaram cerca de 800 homens do exército britânico, porém sucumbiram ao poder pleno de seus adversários ingleses.



Os Bôeres descobriram grande quantidade de ouro localizada entre a atual Suazilância e Lesoto e fundaram a na Republica Bôer do Transvall. Com o intenso crescimento da economia de Transvaal, houve uma atração de investimentos para a região, atraindo alemães e principalmente ingleses que vieram representados por Cecil Rhodes.
Com o passar do tempo os bôeres e ingleses começaram a entrar em choque por divisões de fronteira e território, pois a Grã-Bretanha não podia continuar indiferente à sorte de uma região com os maiores depósitos de ouro conhecidos na Terra, fazendo com que acontecesse a famosa Guerra Bôer que durou de 1899 a 1902, analisada como a maior de todas as guerras coloniais travadas na era imperialista moderna.
A Grã-Bretanha saiu vitoriosa da Guerra Bôer com a anexação das terras que eram dos holandeses, porém apresentou um total de 100 mil homens mortos pode ser considerada como uma das guerras mais violentas da história.
Desse modo, a guerra era lógica mas não inevitável. Foi o resultado de uma opção feita pela Grã-Bretanha: as repúblicas bôeres teriam de ser, de um modo ou de outro, mais cedo ou mais tarde, de bom ou mau grado, incorporadas ao Império Britânico.




Foram encarregados da negociação e participantes da partilha de muitos territórios, entre eles a África, o francês François Georges-Picot e o inglês Mark Sykes.
A negociação por territórios entre os dois durou vários meses, o que refletia a evolução da correlação de forças no terreno, e foi concluída em maio de 1916 por meio de uma troca de cartas entre o embaixador da França em Londres, Paul Cambon, e o secretário britânico de Relações Exteriores, Edward Grey2.




Bibliografia

Disponível em http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/2002/09/06/001.htm acessado em 6 nov 2007.

Disponível em http://deolhonageografia.blogspot.com/2006/08/frica-negra.html acessado em 5 nov 2007.