terça-feira, 11 de setembro de 2007

ANÁLISE DOS PORTIFÓLIOS


Após a observação de diversos portifólios escolhi comentar no blog de Nathália Prado Rosolém e Pedro Henrique Costa, alunos do terceiro ano de Geografia da Universidade Estadual de Londrina, que tratam com os respectivos instrumentos de ensino, a imagem de satélite e o workshop.
Com uma linguagem clara e objetiva, a autora expressa o significado da imagem de satélite e toda sua importância para o ensino de Geografia. Nathália utiliza adequadas variações de cores em todo seu blog e não fazendo diferença em seu artigo, apresentando uma foto de satélite.
Além da conceituação a autora ressalta a necessidade que o profissional do ensino necessita em atualizar seus instrumentos de trabalho, expondo uma citação do MEC de 1998, onde é reforçado a importância do uso de novas tecnologias no Ensino.
A autora construiu sua consistência dialogando com diversos autores e expondo três trabalhos que foram realizados relacionados ao assunto, fazendo com que sua obra fique concreta e também direcione o leitor a outras possíveis bibliografias.
O artigo do Pedro é brindado com várias imagens que mostram a amplo palco em que o workshop pode ser utilizado, tanto quanto em apresentação de maquetes, como painéis. A maneira como o autor aborda o tema faz com que o leitor entenda precisamente como deve ser utilizado este instrumento de Ensino.
Deve-se ressaltado no texto que as proposta que o autor apresenta fazem com que a leitura do artigo colabore a dinamização da utilização do instrumento e com que o workshop seja cada vez mais utilizado no Ensino.
Mesmo o autor não conseguindo numerosas bibliografias o artigo ficou muito bem estruturado e direto, alcançando o objetivo de conceituar o instrumento e explicar o modo de uso.
De modo geral, os dois blogs em questão estão precisamente construídos e o artigo faz com que não seja apenas a paisagem do site o motivo da visita. Os autores conseguiram explorar conforme suas especificidades os instrumentos de Ensino e incentivar cada vez mais os professores a utilizar os instrumentos discutidos.


BIBLIOGRAFIA


Disponível em http://pedroportifolio.blogspot.com/ acessado em 11 set.

Disponível em http://nathaliarosolem.blogspot.com/ acessado em 11 set.

O ENSINO TRIDIMENSIONAL DE GEOGRAFIA ATRAVÉS DAS MAQUETES

No ensino de geografia a abstração é necessária para a compreensão de diversas temáticas e assuntos, para facilitar o entendimento e construção de figuras imaginárias a utilização da maquete é fundamental.
Segundo Simielli (1991) a maquete é o processo de restituição do “concreto” a partir da “abstração”. Centrando-se aí sua real utilidade, complementada com os diversos usos a partir deste modelo concreto trabalhado pelos alunos.
A construção de maquete é a forma mais prática da teoria do construtivismo uma vez que não é um fim didático e sim um meio didático na leitura de vários elementos do espaço geográfico.
Para se confeccionar uma maquete deve se primeiramente definir o assunto e objetivo do trabalho, o objeto de análise, o tamanho que será a maquete, e o material que será utilizado como: isopor, papel paraná, tintas, entre outros.
A maquete pode ser utilizada para o ensino sem limitações de idade, auxiliando na aprendizagem de crianças, adolescentes e adultos.



Maquete que demonstra o interior de um vulcão exposta na XXII Semana de Geografia da Universidade Estadual de Londrina (2006). (Fonte: Pedro H. Costa)




VANTAGENS DESSE INSTRUMENTO NO ENSINO DE GEOGRAFIA

A construção de maquetes pode trazer muitas vantagens para o ensino de geografia, pois estimula o aluno a transformar o bidimensional (mapa) para o tridimensional (maquete), auxiliando no aprendizado da morfometria, principalmente declividade, orientação de vertentes, perfil topográfico e no desenvolvimento da percepção e diferenciação de escala horizontal e escala vertical.
As maquetes podem ser utilizadas para a realização de análise integrada da paisagem através da discussão de temas como: uso da terra, hidrografia, ação antrópica, constituição do solo, tipo de vegetação, entre outros, pois esta contorna a dificuldade da representação plana da terceira dimensão.
Esse instrumento contribui também no aprendizado de alunos portadores de deficiência visual, podendo estes, sentir as diferentes formas do relevo através do tato.


UTILIZAÇÃO DE MAQUETES NO ENSINO DE GEOGRAFIA PARA DEFICIENTES VISUAIS

Foi realizada na aula de Geomorfologia Climática e Estrutural, do Curso de Geografia e Análise Ambiental do Centro Universitário de Belo Horizonte a confecção de maquetes sobre um dos fenômenos naturais responsáveis pelo relevo terrestre.
O objetivo da oficina era o de proporcionar aos alunos uma aprendizagem significativa dos conteúdos geomorfológicos, a partir de um processo criativo, coletivo, autônomo, mas orientado, e responsável, bem como o de aprender o processo de confecção da maquete enquanto um recurso didático.
De posse da maquete finalizada, visitaram o Instituto São Rafael, reconhecido pelo ensino de deficientes visuais em Minas Gerais, onde ensinaram Geografia através das maquetes.

A percepção pelo tatoo vai além da percepção do olhar mostrada na foto tirada no Instituo São Rafael

A aprendizagem foi mútua, os alunos universitários observaram a aprendizagem realizada pela percepção do tato nas maquetes e o alunos deficientes visuais puderam aprender através das diferentes texturas e relevos como que se dá a distinção de relevo.
Deste modo, a maquete avança a todos os limites possíveis de aprendizagem de Geografia, é um dos instrumentos mais populares de ensino e que auxilia no entendimento e aprendizagem para a materialização do abstrato.

EU OUÇO E EU ESQUEÇO,
EU OLHO E EU LEMBRO,
EU FAÇO E EU ENTENDO!

(HENRY CASTNER)
BIBLIOGRAFIA

Disponível em http://www.faesi.com.br/2007/noticias/index_det.asp?cod_not=19&palavra Acessado em 15 ago.
Disponível em http://geografia.igeo.uerj.br/xsbgfa/cdrom/eixo1/1.1/266/266.htm Acessado em 15 ago.
Disponível em http://www.inep.gov.br/pesquisa/bbe-online/det.asp?cod=61062&type=P Acessado em 15 ago.
Disponível em www.cartografia.org.br/xxi_cbc/156-E14.pdf Acessado em 15 ago.
Disponível em www.cartografia.org.br/xxi_cbc/280-E25.pdf Acessado em 15 ago.
LOMBARDO, M. A. & CASTRO, J. F. M. O uso de maquete como recurso didático. In: Anais do II Colóquio de Cartografia para Crianças, Belo Horizonte, 1996. Revista Geografia e Ensino, UFMG/IGC/Departamento de Geografia, 6(1):81-83, 1997